Muito mais que um restaurante...
Fundado em 2011, o Tashiling, na época o primeiro e único restaurante tibetano do Brasil, nasceu da união de propósitos de vida de seus criadores, Ogyen e Adriana Shak.
Ele, um tibetano apaixonado pelo Tibet, que se dedica a divulgar e preservar sua cultura de sabedoria e paz ao povo brasileiro.
Ela,uma gaúcha, que após enfrentar uma dramática e inesperada perda familiar, se dedica a entender a vida de uma forma mais sábia e profunda.
Em 2013, em meio a novos desafios, o Tashiling mudou de
endereço e se transformou no Espaço Tibet.
Os cenários coloridos, ricamente decorados, a culinária bastante peculiar e aromática oferecem uma experiência gastronômica e sensorial prazerosa.
A presença da arte, da cultura, da explosão de sabores e da paixão de seus criadores imprimem ao Espaço Tibet uma
identidade única, proporcionando momentos inesquecíveis.
Matchen
Nascido em Derge, Kham, no Tibete, Ogyen Shak é um mestre em arte sacra tibetana apaixonado por sua cultura. Saiu do Tibete aos 16 anos e morou na Índia até vir para o Brasil em 2006, seguindo os conselhos de seu então mestre, para coordenar a pintura e a ornamentação de um templo de budismo tibetano em Cotia, interior de São Paulo.
Seu primeiro contato com a cozinha foi ainda na infância, quando sua tia materna o convidou para ajudá-la a fazer momos tibetanos. Mais tarde na Índia, seus dotes culinários não passaram desapercebidos e com frequência era chamado para cozinhar nos monastérios onde morava ou trabalhava como artista plástico nas ornamentações de templos tibetanos.
Em 2009 conheceu sua futura esposa, a gaúcha Adriana, que na época era moradora de um templo de budismo tibetano localizado em Três Coroas. Um restaurante parecia ser o cenário perfeito para iniciar a realização do seu maior sonho: divulgar e manter-se em contato com a cultura do seu amado país.
Diretora
Gaúcha de Novo Hamburgo, Adriana Shak nutre a busca por enxergar, além do óbvio e convenções, a compreensão em profundidade dos "mistérios da vida". Aos 12 anos, foi desafiada ao encarar a perda inesperada da pessoa que mais amava, sua mãe, juntamente com a irmãzinha prestes a nascer.
Precisou aprender a conviver com a ausência do carinho que a presença materna lhe providenciava junto com seu pai e seus dois irmãos mais velhos. Desde cedo tinha pensamentos e idéias diferentes de sua família, o que por vezes gerava conflitos e insegurança.
A inconformação com a falta de respostas coerentes sobre a vida e as perdas se intensificou de tal forma que aos 23 anos, para o desespero de sua família, Adriana abandonou a faculdade de administração e uma carreira promissora como aeroviária e se mudou para um templo de budismo tibetano em Três Coroas, Rio Grande do Sul, em busca de entender a espiritualidade e a si mesma.
Permaneceu como voluntária no templo budista por 14 anos, convivendo com a cultura e religião tibetanas, que lhe inspiraram a contemplação da vida sob uma ótica diferente. Em 2009, "esbarrou" com o tibetano Ogyen Shak. Naquela época, Shak era o artista responsável pela ornamentação do templo tibetano Odsal Ling, localizado em Cotia, interior de São Paulo.
Adriana se encantou imediatamente pela sua postura alegre e divertida, que transmitia
experiência e sabedoria. Após um ano de namoro, em agosto de 2010, o casamento às pressas evitou a deportação de Shak do Brasil. Um marido e um restaurante tibetano, com todas as diferenças e desafios, se transformaram num novo cenário para que a jornada em busca do conhecimento pudesse continuar